miércoles, 22 de agosto de 2012

TOSELTIKA MATINEMIKAJYA ( PRECISAMOS CAMINHAR SOZINHOS ) (Traduzido do nahuatl para o português)*


Kemantika ni jmachilia             ( Às vezes eu sinto )

den timaseualmej tij chiaj         ( que os índios aguardamos a chegada )

se dakatl den nochi ueli            ( de um homem que todo pode )

den nochi kimati,                      ( que todo sabe )

den ueliskia tech makixtia.       ( que pode-nos ajudar a resolver todos os nossos problemas.)

Ni tlakatl den nochi ueli           (Esse homem que todo pode )

uan nochi kimati                      ( e que todo sabe )

axkemaj asiki;                         ( nunca vai chegar )

pampa touaya itskok               ( porque ele mora em nós, está em nós)

touaya nemi;                           ( caminha conosco; )

peuaya dachia,                        ( comença a querer acordar,)

nojua kochtok.                        ( ainda dorme.)

*Do livro: Narrativa Nahuatl Contempóranea (Antología) ed. Diana, Traduzido ineditamente pro português pelo autor deste site.



Noyolnantzin - Mãe do meu coração ( Traduzido do nahuatl para o português)*

Noyolnantzin, yolchipahtzin, ( Mãe do meu coração, remédio para o coração, )

ma xihceli inin nocuic;           ( receba esta canção minha; )

noyoltech xochicueponi         ( a flor desabrocha no meu coração ) 

huan noyolouh itech yauh.     ( e meu coração vai com ela. )

Xopan, tonalpan, cecuizpa     ( Em tempos de plantio, calor e frio )

tlemach tequitl otican,            ( qualquer trabalho deixou, )

ca zan nopampa otitoneuh      ( por que só por mim você sofreu aflição )

zan noyoca otimocauh.           ( e por mim você abandonou-se.)

Ma cemihcac tlazohnantzin    ( Sempre, querida mãe, )

nimitzmacaz mahuizotl,          ( Que eu te-honrei )

pampa aih tinechnencahua      ( por que você nunca me deixar infeliz )

huan moyezo notech ca.          ( e sua sangue esta comigo. )
 
*Do livro: Narrativa Nahuatl Contempóranea (Antología) ed. Diana, Traduzido ineditamente pro português pelo autor deste site.

viernes, 6 de julio de 2012

On rey iwan ichpoch - O rei e sua filha (Traduzido de nahuatl para português)*

Amigos leitores a história traduzida o dia de hoje a diferença das anteriores é que foi
contada no estado de Guerrero (México), portanto é uma variante da língua nahuatl falada nesse estado.

On rey iwan ichpoch - ( O rei e sua filha)
Sen rey kipiyaya sen ichpoch yejwan kinekiya nonamiktis, niman yejwa xkimatiya akinon iwan.
(Um rei tinha uma filha querendo se-casar, mas ela não sabia com quem se-casar.)

On rey okinminots nochimej on telpokamej yejwan chanejkej ompa para yejwa ma kitlapejpeni
 yejwan cha  kwelitas.
(O rei convocou a todos os jovens  do povo para ela escolher o quem mais gostasse de todos.)
Niman kemaj miyekej onosentlalikej, niman yejwa xkimatiya akinon iwan nemis.
(Então, compareceram muitos jovens, mas ela não sabia com quem se-casar.)
On rey okijtoj:
(O rei disse:)
—On yejwan kichiwas milagro, nochpoch iwan nemis.
(— Minha filha vai se-casar com aquele que faça um milagre.)
—¡Kwajli! —okitokej nochimej.
(— ¡Bom! — disseram todos eles.)
Achtopa opanok sen telpochtli pobre niman on rey okijlij:
(Primeiro passou um jovem pobre e o rei lhe-disse:)
—Nikmakawas cien conejos niman tejwa tikmati ken tikchiwas para tikinsentlalis nochimej.
(Vou soltar cem coelhos mas você terá que saber como juntá-los de novo.)
On telpochtli kipiyaya sen iakatlapitsal, niman okipits, kemaj nimantsin onosentlalikej
nochimej on conejos. In onochiw ipan tepetl.
(O jovem tinha uma flauta de junco e tocou, enseguida juntaram-se todos os coelhos- Esto aconteceu na montanha.)
Kemaj on tepochtli okinots on rey para ma kita ika nemij cien conejos.
(Então o jovem chamou ao rei, para ele comprovar que os cem coelhos estavam juntos.)
Niman on rey xonokaw ikan paktli, niman okijlij:
(Mas o rei não ficou satisfeito, e lhe-disse:)
—Tla tejwa sanoyej titlakatl timitstsakwas ipan sen kajli de tepantli niman diez mil panes ijtik.
Niman ijkwak tlanesis nikneki nikitas nion se pan. Xkwa nochi.
(Se você é tão corajoso, vamos encerra-lo numa casa de paredes fortes com dez-mil pães no interior, Quando alvorecer, não quero ver nenhum pão, você tem que comer todo.)
Okitsakwkej ikan diez mil panes. Ipan tlakyo iwan on telpochtli okontilan iakatlapitsal
 niman okipits. Niman amanaman onosentlalijkej se mil wisakomej.
Yejwamej in yolkej okwakej nochi on pan.
(Foi encerrado com os dez-mil pães, à meia-noite o jovem pegou sua flauta de junco e tocou, enseguida juntaram-se mil ratos. Estes animais comeram todo o pão.)
Niman on rey sanoyej opak niman yejwa okijlij:
(O rei ficou muito satisfeito, e lhe-disse:)
—Tejwa iwan tinemis nochpoch..
(Você vai se-casar com minha filha)
Ijkon tej onochiw iwan on ichpoch on rey ika iwan onen sen telpochtli pobre.
(E assim foi como aconteceu que a filha de um rei casou-se com um jovem pobre.)



* A história foi publicada pelo Summer Institute of Linguistics in Mexico e publicada no seu site.
A tradução de nahuatl para espanhol foi realizada pelo mesma Instituição, e a tradução
inédita para português foi realizada pelo criador deste blog.



viernes, 22 de junio de 2012

POLICARPIO (Traduzido para o Português do Nahuatl)*

Zazanili ipampatzinco ce tlatihuani itocatzin Policarpio.
(História de um senhor chamado Policarpio.)


    Inin tlatihuani tlanonotzaloya que oquimopahtiliaya omilehuiya achi hueyi tomin. Amo omoyolalitzinohuaya ica tlen oquimaquili toteotatzin. Inin tlatihuani oquipiaya icihuauh ica ome o yeyi ipilhuan. Cihuanton ye ichpocatl  ihuan ome piltzitzintin oc tepitoton. Inin tlacatl oquipiaya itlalhuan quintocaya. Amotla oquipolohuaya.
(Contava-se que este senhor desejaba muito dinheiro. Não se resignava com o que Deus o Nosso Pai tinha-lhe dado. Este senhor tinha mulher com dois ou tres crianças. A mulher já era uma senhora e as duas crianças eram pequenas. Este homem tinha terras para semear; Não faltava-lhe nada.)

    Ce tonali tlacatecolotlacatl quen oquito quitzatziliz in xolopitli ihuan oquilhui, "Amo pahtoc noyolo ica tlen nihpia; nihnequizquia oc cuachi tomin. Mitohua mach tehua tixolopitli titepalehuia. Nihnequizquia tepitzin xinechpalehui." Oquito in xolopitli. "¿Tlen tihnequi? ¡Xiquito, tlacatl!"
Um dia o malvado homem decidiu invocar ao demônio e lhe disse, " Não esta satisfeito meu coração com o que eu tenho. Quero mais dinheiro. Fala-se que você e o demônio e que ajudar as pessoas. Quero uma ajuda." Falou o demônio, "¿Que você quer? ¡Diga homem!")

    Oquinanquili, "Mitohua mach tehua tihtemaca nochi tlen motlani. Nehuatl amo nihnequi tla ohcentetl. Xinechtlacoli cente tlacotl. Inin tlacotl nihnequi icuac tla niquilehuiz zan nihmatocaz ica tlacotl huan mocuepaz tlen nihnequi."
(Lhe respondeu, "Se diz que você da todo o que pede-se lhe. Não quero nenhuma outra coisa mais que uma varinha. Quero que quando eu desejar alguma coisa, apenas baste tocar a varinha e vire no que eu desejar.")

     Oquimacaque tlacotl. Oacic ichan opeuh quinmamatoca ica tlacotl icihuauh, zan niman ichpoch, zatepa piltzintli. Nochi tlen ipan cali oyeya oquinmamatocatl ican tlacotl. Icuac oquinmihtac nochti aihmo molinia. Omocuepque tepozcotzin.
(Foi-lhe dada a varinha. Chegou a sua casa e començou a tocar a sua mulher com a varinha; logo a sua filha; logo depois a seu filho. Todo o que tinha dentro da casa foi tocado com a varinha. Mas quando reparou já nada movia-se. Tinham-se tornado em ouro.)


    Opeuh mahcatzatzi, "¿Tlen nopan mochihua? Nocihuauh aihmo tlatohua. Nochpoch amo molinia. Nochi quen tlapetlantoc itic cali." Mahcatzatzi, "Tlacotl, xiquinmamatoca nocihuauh, nochpoch ihuan oc ome nopilhuan. Aihmo nihnequi tepozcoztic. Tlacotl, xinechpalehui. "Ican oquinequia nochi tlen itic ical onca omocuepani nochi tepozcoztic, omomauhtic. Mahtzatzi, "¿Tlen onihchiuh? Aihmo nihpia nocihuauh, nian nopilhuan."
(Assustado començou a gritar, "¿Que acontece? Minha mulher não fala mais. Minha filha já não se move. Todo brilha dentro da casa. Grita assustado, "¡ Varinha, varinha, toque a minha mulher, a minha filha e ao meu filho! Sempre não quero tanto ouro. ¡Varinha, Socorro!" Ele queria que todo dentro da casa se tornasse em ouro, espantou-se. Grita, "¿Que fiz? Não tenho mulher nem filhos.")

    Yehua omotlapololti. Omocuatemotzolcuia ihuan ihquin omic tlacatl. Amotla oquichiuh ican tepozcoztic. Omic titicuintlacatl.
(Ficou aturdido. Puxaba seus cabelos. E assim morreu o homem. Não fez nada com tanto ouro. Morreu o homem estúpido.)



*Bibliografía: Horcasitas, Fernando y Sara O. de Ford, "Los cuentos en náhuatl de Doña Luz Jiménez",UNAM, México, 1979

A compilação das histórias foi realizada entre os anos de 1948-1968 por os autores do livro, a tradução de náhuatl para o espanhol foi feita pela mesma Luz Jiménez e a tradução para o português foi realizada ineditamente pelo autor do presente Blog.

miércoles, 20 de junio de 2012

EL CACAO: UN GRANO PRODIGO

(¡Hey, guardénme un poquito!)

Amigos lectores y fanáticos de los estudios mesoamericanos, en esta ocasión hablaremos brevemente sobre tres aspectos fundamentales de este alimento de origen vegetal cien por ciento mesoamericano, primeramente conoceremos su valor nutricional, posteriormente sabremos su cuantía como unidad de trueque y finalizaremos con algunos mitos y leyendas en torno a este grano prodigioso, espero contar con sus comentarios.

    La Theobrama cacao L. es llamada así por contener una substancia química llamada teobrima, la cual estimula como la cafeína el sistema nervioso central, por ello al beberlo nos sentimos en un estado de sedación placentera, dicha substancia también activa la circulación sanguínea, también aporta vitaminas como la A y B, y minerales como el calcio, hierro, fósforo, entre otros por lo que tiene unuso medicinal como nutricional desde tiempos ancestrales a la fecha, como por ejemplo:
los preparados líquidos o bebidas a base de cacao, sirven para curar ciertos casos de envenenamiento, para refrescar y aliviar síntomas de la fiebre, contra cólicos, dolores pre-menstruales, dolores del intestino y estómago, antiguamente se usaba para refrescar el aliento y se cree que es un afridísiaco.



    Con respecto al valor monetario del cacao en tiempos mesoamericanos el fraile Bartolomé de las Casas, refiriéndose al cuarto viaje de Cristobal Coloón, dice que "(...) traían en efecto los indios que en canoas encontró Colón en su cuarto viaje en las Islas Guanajes, muchas almendras, de cacao que tenían por moneda en la Nueva España y en Yucatán  y en otras partes."  Martín de Anglería indica que "Hernán Cortés obtiene el cacao como tributo de los caciques y de sus tierras que lo producen, con el cual paga siempre a sus soldados (...)"

     Siguiendo el mismo tópico Antonio de Herrera y Tordesillas señala: "(...) de las cuales 200 valían un real entre los indios, y es la moneda que entre ellos y los castellanos corría de ordinario para las cosas menudas"  agregando: "(...) que es tanto lo que sale de Nueva España y dan y gastan en sus casas y labores ... que en sólo cuatro lugares de los Izalcos serán de 50 000 cargas , que a su precio común valen 500 000 pesos de oro de minas(...) y cuentan el cacao por contles,xiquipiles y cargas ; un contle es cuatrocientas almendras; un xiquipil, doscientos contles que son ocho mil almendras; y una carga, tres xiquipiles, que son veinticuatro mil almendras, y por estos números cuentan todas las cosas."



    Según las fuente históricas, las regiones donde se producía más cacao y hasta donde se hacían viajes para traerlo, eran Tabasco, Honduras, Xoconusco y la costa de Sapotitlan, así como la provincia de Ysalcos en Guatemala.

    En la Relación de la Ciudad de Mérida (1579) leemos que "también gastan mucha cantidad de cacao, que se trae de la provincia de Tabasco y de Honduras, porque hacen de ello sus brebajes, en que toman gran gusto y  consumen en ello todo, o lo más que pueden acaudalar de sus trabajos y granjerías, y les sirve de moneda ."

     Por su parte Juan de Pineda nos refiere que: "(...) la provincia de Soconusco tiene más de quarenta pueblos y estancias... cójese mucho cacao en mucha cantidad, porque los indios de esta provincia tienen muchas mylpas."

    Sobre la cosecha del cacao existen cirtos ritos y es que el árbol de cacao suele gastarse con el calor excesivo, pero también con la humedad prolongada. No puede estar directamente al sol por ello siempre se le planta al lado de otro árbol más alto llamado el atlinan o "madre del cacao", ya que le da sombra contra el ardor del sol con su follaje.

    La sobrexplotación también mata al delicado cacao: Suelen hacerse dos cosechas al año, una en junio y otra en diciembre para que sus frutos puedan fermentarse estos le aparecen en el tronco hasta las ramas en una especie de vaya roja con gajos blancos que envuelven el tesoro de los granos, así que cosechar tres o más veces al año causa que el prodigo cacao se plague y seque.

     Para finalizar los dejó con un elemento de continuidad cultural mesoamericana, para muchos es un mito para otros una realidad, ustedes tienen la última palabra y es que se dice que quienes recogerán la cosecha tienen que mantenerse célibes durante 13 noches y al llegar a la catorceava noche pueden hacer el amor a sus mujeres y luego proceder a la cosecha del cacao...Porqué razón creen ustedes?


lunes, 11 de junio de 2012

LAS CANOAS MAYAS PREHISPÁNICAS

(A la mar!)

Hola estimados lectores y fanáticos de la civilización mesoamericana, en esta ocasión estudiaremos brevemente como eran las canoas mayas prehispánicas, un tema que me apasiona pues a pesar de ser relativamente sencillas, realizaron un comercio alrededor de la península e inclusive en la bahía de Honduras.

    Según las evidencias históricas, los mayas prehispánicos empleaban canoas de madera impulsadas a remo, o en aguas bajas por medio de palancas. Representaciones artísticas de estas canoas aparecen en códices, murales, dibujos en relieve en huesos, así como en esculturas hechas de barro o talladas en hueso de manatí.

    El hecho de que estas canoas pudieran navegar lejos de tierra firme no está en duda, ya que se han encontrado restos de asentamientos prehispánicos en todas las islas mayores del área maya, incluidas las islas del arrecife Turneffe (Belice) y en islas a 60 km de la costa norte de Honduras.

    Las canoas mayas, monóxilas, talladas de cedro, caoba u otras maderas duras, variaban en tamaño: había desde pequeñas piraguas para un individuo hasta grandes embarcaciones capaces de acomodar entre 40 o 50 personas. En efecto, Bernal Díaz del Castillo comenta lo siguiente frente a las costas de Ecab (Yucatán):

Una mañana que fueron cuatro de marzo vimos venir diez canoas muy grandes, que se dicen piraguas, llenas de indios naturales de aquella poblazón y venía a remo y vela. Son canoas hechas a manera de artesanías, y son grandes y de maderos gruesos y cavados de arte que estan huecos; y todos son de un madero y hay muchos de ellos en que caben cuarenta indios.” Por dicha referencia concluyo que el diseño de las canoas fue relativamente sencillo, pues no hay evidencias concretas del uso de canoas dobles, es importante señalar que está es la única cita donde se menciona el uso de velas, dato curioso pues descartando esta cita no hay evidencia alguna que sostenga que las canoas mayas usaban velas.

    Hay algunas representaciones de botes pequeños en los códices mayas; en especial en el Códice Dresde, donde además de observar la representación del bote se identifica la forma y tamaño de los remos. Sobre la forma de remar Gonzalo Fernández de Oviedo menciona que “van algunas veces vogando de pies, y á veces assentados, y quando quieren, de rodillas. Son estos nahes (remos) como palas luengas, y las cabezas como una muleta de un coxo ó tollido.



    Asimismo, hay una representación de un bote en un disco de oro hallado en el cenote sagrado de Chichén Itzá, a éstas podemos agregar las que hay en las pinturas del Templo de los Guerreros, en Chichén Itzá también.

    En dicho Templo hubo varias escenas pintadas que fueron reconstruidas por Earl Morris a partir de fragmentos encontrados durante las excavaciones de la Carnegie Institution of Washington en 1930;  en uno de los murales de la cámara interior las canoas representadas corresponden a las utilizadas para la navegación marítima pues tienen la proa y la popa más elevada que la línea de borda, lo que las hace más estables y fáciles de maniobrar a diferencia de las monóxilas que podemos conjeturar eran utilizadas en la navegación fluvial.


    Para concluir este apartado y quedando en espera de sus comentarios conoceremos como se realizaba una canoa monóxila, Gonzalo Fernández de Oviedo indica que:

 Cada canoa es de una sola pieza o solo un árbol, el que los indios vacían con golpes de hachas de piedra enhastadas (…); y con estas cortan ó muelen á golpes el palo, ahocándolo, y van quemando lo que está golpeado y cortado, poco a poco, y matando el fuego, tornando á cortar y golpear como primero; y continuándolo assi, hacen una barca quasi de talle de artesa ó darnojo; pero honda é lengua y estrecha, tan grande y gruesa como lo sufre la longitud y latitud de el árbol, de que la hacen; y por debaxo es llana y no le dexan quilla, como á nuestras barcas y navios.

viernes, 8 de junio de 2012

ALIMENTOS DE ORIGEN VEGETAL DE LA PENÍNSULA DE YUCATÁN

 ( ¿A quién no le gusta la jícama?)

Hola estimados lectores y fanáticos de la cultura mesoamericana en esta ocasión conoceremos los productos alimenticios de origen vegetal que se consumían en la península de Yucatán durante la epoca mesoamericana, los cuales en su mayoría fueron objeto de intercambio comercial a las tierras altas, asimismo conoceremos las frutas y tubérculos que formaban parte de la dieta alimenticia de los mayas yucatecos, de los cuales muchos hoy día inclusive se incluyen en la dieta universal contemporánea.
Al leer el presente artículo ¿Sabes a cuáles me refiero?

    Me gustaría comentarles que las fuentes consultadas fueron el Diccionario de Motul Maya-Español, la "Relación de las cosas de Yucatán" y las "Relaciones Histórico-Geográficas de la Gobernación de Yucatán (RHGGY)" obras que datan del s.XVI, ahora si comenzamos:

MAÍZ
Conocida como ixim entre los mayas esta gramínea fue el alimento básico de este grupo, y aun la fuente principal de toda Mesoamérica; diciéndonos Landa: " que el mantenimiento principal es el maíz, del cual hacen diversos manjares y bebidas, y aun bebido como lo beben les sirve de comida y bebida."

FRIJOL
El buul de los mayas fue otro de los granos indispensables en la dieta alimenticia. En la RHGGY se menciona que " hay otra suerte de grano que los españoles llamamos frijoles y los indios bul que son como habas, y las hay de cuatro o cinco suertes..."

CALABAZA
La Cucurbita pepo L; se empleó abundantemente, señalándose en la RHGGY que " Hay calabazas de las de España y hay otra suerte de las de la tierra, que los indios llaman kum; son amarillas de dentro y las comen asadas y las pepitas de ellas también se comen (...)"

CHILE
De igual manera en la RHGGY, leemos que " Hay gran cantidad de chile, que en España llaman pimienta de las Indias, y hay diferentes suertes de ello, así en el tamaño como en la fortaleza, porque lo hay de un jeme de largo, y otro silvestre como granos de trigo, y esto pequeño tiene mucho más fuerza que lo grande."

CACAO
Fue una de las plantas más importantes de los antiguos mayas, no sólo por su valor como unidad de trueque, sino también por su valor nutricional. Según las fuentes históricas, las regiones donde se producía cacao y hasta donde se hacían viajes para traerlo, eran Tabasco, Honduras, Xoconusco y la costa de Sapotitlán, así coomo la provincia de Ysalcos en Guatemala.
    En la RHGGY leemos que " También gastan mucha cantidad de cacao, que se trae de la provincia de Tabasco y de Honduras, porque hacen de ello sus brebajes, en que toman gran gusto y consumen en ello todo, o lo más que pueden acaudalar de sus trabajos y granjerías, y les sirve de moneda."

VAINILLA
Esta planta aromática debió utilizarse en la elaboración del chocolate, leemos en la RHGGY que " abunda todo aqueste reino de muy nobles y copiosos frutos como son (...)el cacao, la vainilla(...) "

CHÍA
Utilizada como bebida y para la preparación de brebajes medicinales, esta planta según las fuentes históricas era producida en Guatemala y Nicaragua.

ACHIOTE
La pulpa que rodea la semilla se usa como colorante y condimento de comidas, Landa menciona que "(...) hay un arbolito que suelen los indios criar en sus casas, el cual lleva unos erizos como los de las castañas, aunque no son tan grandes ni tan ásperos; ábrense cuando están en sazón, y tienen dentro unos granillos de los cuales usan y aún los españoles, para dar color a los guisados como lo da el azafrán y tan fino el color que mancha mucho. "

Dentro de los tubérculos podemos señalar el camote, la yuca y la jícama ( que por cierto me encanta natural; es tan refrescante).

Entre las frutas hay gran cantidad de referencias, señalaré algunas : mamey, chicozapote, aguacate, pitahaya, zapote amarillo y  negro, nancen , papaya, chirimoya, ciruela, guayaba, saramuyo y cocoyol.
    Entre otras plantas comestibles se consumían también las semillas del ramón, el tomate, el tabaco, la calabaza jícara y la zarzaparrilla ( que se cree es un afrodisíaco).

Por favor no olviden comentar y agregar algún otro alimento que falto comentar, Saludos!