miércoles, 22 de agosto de 2012

TOSELTIKA MATINEMIKAJYA ( PRECISAMOS CAMINHAR SOZINHOS ) (Traduzido do nahuatl para o português)*


Kemantika ni jmachilia             ( Às vezes eu sinto )

den timaseualmej tij chiaj         ( que os índios aguardamos a chegada )

se dakatl den nochi ueli            ( de um homem que todo pode )

den nochi kimati,                      ( que todo sabe )

den ueliskia tech makixtia.       ( que pode-nos ajudar a resolver todos os nossos problemas.)

Ni tlakatl den nochi ueli           (Esse homem que todo pode )

uan nochi kimati                      ( e que todo sabe )

axkemaj asiki;                         ( nunca vai chegar )

pampa touaya itskok               ( porque ele mora em nós, está em nós)

touaya nemi;                           ( caminha conosco; )

peuaya dachia,                        ( comença a querer acordar,)

nojua kochtok.                        ( ainda dorme.)

*Do livro: Narrativa Nahuatl Contempóranea (Antología) ed. Diana, Traduzido ineditamente pro português pelo autor deste site.



Noyolnantzin - Mãe do meu coração ( Traduzido do nahuatl para o português)*

Noyolnantzin, yolchipahtzin, ( Mãe do meu coração, remédio para o coração, )

ma xihceli inin nocuic;           ( receba esta canção minha; )

noyoltech xochicueponi         ( a flor desabrocha no meu coração ) 

huan noyolouh itech yauh.     ( e meu coração vai com ela. )

Xopan, tonalpan, cecuizpa     ( Em tempos de plantio, calor e frio )

tlemach tequitl otican,            ( qualquer trabalho deixou, )

ca zan nopampa otitoneuh      ( por que só por mim você sofreu aflição )

zan noyoca otimocauh.           ( e por mim você abandonou-se.)

Ma cemihcac tlazohnantzin    ( Sempre, querida mãe, )

nimitzmacaz mahuizotl,          ( Que eu te-honrei )

pampa aih tinechnencahua      ( por que você nunca me deixar infeliz )

huan moyezo notech ca.          ( e sua sangue esta comigo. )
 
*Do livro: Narrativa Nahuatl Contempóranea (Antología) ed. Diana, Traduzido ineditamente pro português pelo autor deste site.

viernes, 6 de julio de 2012

On rey iwan ichpoch - O rei e sua filha (Traduzido de nahuatl para português)*

Amigos leitores a história traduzida o dia de hoje a diferença das anteriores é que foi
contada no estado de Guerrero (México), portanto é uma variante da língua nahuatl falada nesse estado.

On rey iwan ichpoch - ( O rei e sua filha)
Sen rey kipiyaya sen ichpoch yejwan kinekiya nonamiktis, niman yejwa xkimatiya akinon iwan.
(Um rei tinha uma filha querendo se-casar, mas ela não sabia com quem se-casar.)

On rey okinminots nochimej on telpokamej yejwan chanejkej ompa para yejwa ma kitlapejpeni
 yejwan cha  kwelitas.
(O rei convocou a todos os jovens  do povo para ela escolher o quem mais gostasse de todos.)
Niman kemaj miyekej onosentlalikej, niman yejwa xkimatiya akinon iwan nemis.
(Então, compareceram muitos jovens, mas ela não sabia com quem se-casar.)
On rey okijtoj:
(O rei disse:)
—On yejwan kichiwas milagro, nochpoch iwan nemis.
(— Minha filha vai se-casar com aquele que faça um milagre.)
—¡Kwajli! —okitokej nochimej.
(— ¡Bom! — disseram todos eles.)
Achtopa opanok sen telpochtli pobre niman on rey okijlij:
(Primeiro passou um jovem pobre e o rei lhe-disse:)
—Nikmakawas cien conejos niman tejwa tikmati ken tikchiwas para tikinsentlalis nochimej.
(Vou soltar cem coelhos mas você terá que saber como juntá-los de novo.)
On telpochtli kipiyaya sen iakatlapitsal, niman okipits, kemaj nimantsin onosentlalikej
nochimej on conejos. In onochiw ipan tepetl.
(O jovem tinha uma flauta de junco e tocou, enseguida juntaram-se todos os coelhos- Esto aconteceu na montanha.)
Kemaj on tepochtli okinots on rey para ma kita ika nemij cien conejos.
(Então o jovem chamou ao rei, para ele comprovar que os cem coelhos estavam juntos.)
Niman on rey xonokaw ikan paktli, niman okijlij:
(Mas o rei não ficou satisfeito, e lhe-disse:)
—Tla tejwa sanoyej titlakatl timitstsakwas ipan sen kajli de tepantli niman diez mil panes ijtik.
Niman ijkwak tlanesis nikneki nikitas nion se pan. Xkwa nochi.
(Se você é tão corajoso, vamos encerra-lo numa casa de paredes fortes com dez-mil pães no interior, Quando alvorecer, não quero ver nenhum pão, você tem que comer todo.)
Okitsakwkej ikan diez mil panes. Ipan tlakyo iwan on telpochtli okontilan iakatlapitsal
 niman okipits. Niman amanaman onosentlalijkej se mil wisakomej.
Yejwamej in yolkej okwakej nochi on pan.
(Foi encerrado com os dez-mil pães, à meia-noite o jovem pegou sua flauta de junco e tocou, enseguida juntaram-se mil ratos. Estes animais comeram todo o pão.)
Niman on rey sanoyej opak niman yejwa okijlij:
(O rei ficou muito satisfeito, e lhe-disse:)
—Tejwa iwan tinemis nochpoch..
(Você vai se-casar com minha filha)
Ijkon tej onochiw iwan on ichpoch on rey ika iwan onen sen telpochtli pobre.
(E assim foi como aconteceu que a filha de um rei casou-se com um jovem pobre.)



* A história foi publicada pelo Summer Institute of Linguistics in Mexico e publicada no seu site.
A tradução de nahuatl para espanhol foi realizada pelo mesma Instituição, e a tradução
inédita para português foi realizada pelo criador deste blog.



viernes, 22 de junio de 2012

POLICARPIO (Traduzido para o Português do Nahuatl)*

Zazanili ipampatzinco ce tlatihuani itocatzin Policarpio.
(História de um senhor chamado Policarpio.)


    Inin tlatihuani tlanonotzaloya que oquimopahtiliaya omilehuiya achi hueyi tomin. Amo omoyolalitzinohuaya ica tlen oquimaquili toteotatzin. Inin tlatihuani oquipiaya icihuauh ica ome o yeyi ipilhuan. Cihuanton ye ichpocatl  ihuan ome piltzitzintin oc tepitoton. Inin tlacatl oquipiaya itlalhuan quintocaya. Amotla oquipolohuaya.
(Contava-se que este senhor desejaba muito dinheiro. Não se resignava com o que Deus o Nosso Pai tinha-lhe dado. Este senhor tinha mulher com dois ou tres crianças. A mulher já era uma senhora e as duas crianças eram pequenas. Este homem tinha terras para semear; Não faltava-lhe nada.)

    Ce tonali tlacatecolotlacatl quen oquito quitzatziliz in xolopitli ihuan oquilhui, "Amo pahtoc noyolo ica tlen nihpia; nihnequizquia oc cuachi tomin. Mitohua mach tehua tixolopitli titepalehuia. Nihnequizquia tepitzin xinechpalehui." Oquito in xolopitli. "¿Tlen tihnequi? ¡Xiquito, tlacatl!"
Um dia o malvado homem decidiu invocar ao demônio e lhe disse, " Não esta satisfeito meu coração com o que eu tenho. Quero mais dinheiro. Fala-se que você e o demônio e que ajudar as pessoas. Quero uma ajuda." Falou o demônio, "¿Que você quer? ¡Diga homem!")

    Oquinanquili, "Mitohua mach tehua tihtemaca nochi tlen motlani. Nehuatl amo nihnequi tla ohcentetl. Xinechtlacoli cente tlacotl. Inin tlacotl nihnequi icuac tla niquilehuiz zan nihmatocaz ica tlacotl huan mocuepaz tlen nihnequi."
(Lhe respondeu, "Se diz que você da todo o que pede-se lhe. Não quero nenhuma outra coisa mais que uma varinha. Quero que quando eu desejar alguma coisa, apenas baste tocar a varinha e vire no que eu desejar.")

     Oquimacaque tlacotl. Oacic ichan opeuh quinmamatoca ica tlacotl icihuauh, zan niman ichpoch, zatepa piltzintli. Nochi tlen ipan cali oyeya oquinmamatocatl ican tlacotl. Icuac oquinmihtac nochti aihmo molinia. Omocuepque tepozcotzin.
(Foi-lhe dada a varinha. Chegou a sua casa e començou a tocar a sua mulher com a varinha; logo a sua filha; logo depois a seu filho. Todo o que tinha dentro da casa foi tocado com a varinha. Mas quando reparou já nada movia-se. Tinham-se tornado em ouro.)


    Opeuh mahcatzatzi, "¿Tlen nopan mochihua? Nocihuauh aihmo tlatohua. Nochpoch amo molinia. Nochi quen tlapetlantoc itic cali." Mahcatzatzi, "Tlacotl, xiquinmamatoca nocihuauh, nochpoch ihuan oc ome nopilhuan. Aihmo nihnequi tepozcoztic. Tlacotl, xinechpalehui. "Ican oquinequia nochi tlen itic ical onca omocuepani nochi tepozcoztic, omomauhtic. Mahtzatzi, "¿Tlen onihchiuh? Aihmo nihpia nocihuauh, nian nopilhuan."
(Assustado començou a gritar, "¿Que acontece? Minha mulher não fala mais. Minha filha já não se move. Todo brilha dentro da casa. Grita assustado, "¡ Varinha, varinha, toque a minha mulher, a minha filha e ao meu filho! Sempre não quero tanto ouro. ¡Varinha, Socorro!" Ele queria que todo dentro da casa se tornasse em ouro, espantou-se. Grita, "¿Que fiz? Não tenho mulher nem filhos.")

    Yehua omotlapololti. Omocuatemotzolcuia ihuan ihquin omic tlacatl. Amotla oquichiuh ican tepozcoztic. Omic titicuintlacatl.
(Ficou aturdido. Puxaba seus cabelos. E assim morreu o homem. Não fez nada com tanto ouro. Morreu o homem estúpido.)



*Bibliografía: Horcasitas, Fernando y Sara O. de Ford, "Los cuentos en náhuatl de Doña Luz Jiménez",UNAM, México, 1979

A compilação das histórias foi realizada entre os anos de 1948-1968 por os autores do livro, a tradução de náhuatl para o espanhol foi feita pela mesma Luz Jiménez e a tradução para o português foi realizada ineditamente pelo autor do presente Blog.

miércoles, 20 de junio de 2012

EL CACAO: UN GRANO PRODIGO

(¡Hey, guardénme un poquito!)

Amigos lectores y fanáticos de los estudios mesoamericanos, en esta ocasión hablaremos brevemente sobre tres aspectos fundamentales de este alimento de origen vegetal cien por ciento mesoamericano, primeramente conoceremos su valor nutricional, posteriormente sabremos su cuantía como unidad de trueque y finalizaremos con algunos mitos y leyendas en torno a este grano prodigioso, espero contar con sus comentarios.

    La Theobrama cacao L. es llamada así por contener una substancia química llamada teobrima, la cual estimula como la cafeína el sistema nervioso central, por ello al beberlo nos sentimos en un estado de sedación placentera, dicha substancia también activa la circulación sanguínea, también aporta vitaminas como la A y B, y minerales como el calcio, hierro, fósforo, entre otros por lo que tiene unuso medicinal como nutricional desde tiempos ancestrales a la fecha, como por ejemplo:
los preparados líquidos o bebidas a base de cacao, sirven para curar ciertos casos de envenenamiento, para refrescar y aliviar síntomas de la fiebre, contra cólicos, dolores pre-menstruales, dolores del intestino y estómago, antiguamente se usaba para refrescar el aliento y se cree que es un afridísiaco.



    Con respecto al valor monetario del cacao en tiempos mesoamericanos el fraile Bartolomé de las Casas, refiriéndose al cuarto viaje de Cristobal Coloón, dice que "(...) traían en efecto los indios que en canoas encontró Colón en su cuarto viaje en las Islas Guanajes, muchas almendras, de cacao que tenían por moneda en la Nueva España y en Yucatán  y en otras partes."  Martín de Anglería indica que "Hernán Cortés obtiene el cacao como tributo de los caciques y de sus tierras que lo producen, con el cual paga siempre a sus soldados (...)"

     Siguiendo el mismo tópico Antonio de Herrera y Tordesillas señala: "(...) de las cuales 200 valían un real entre los indios, y es la moneda que entre ellos y los castellanos corría de ordinario para las cosas menudas"  agregando: "(...) que es tanto lo que sale de Nueva España y dan y gastan en sus casas y labores ... que en sólo cuatro lugares de los Izalcos serán de 50 000 cargas , que a su precio común valen 500 000 pesos de oro de minas(...) y cuentan el cacao por contles,xiquipiles y cargas ; un contle es cuatrocientas almendras; un xiquipil, doscientos contles que son ocho mil almendras; y una carga, tres xiquipiles, que son veinticuatro mil almendras, y por estos números cuentan todas las cosas."



    Según las fuente históricas, las regiones donde se producía más cacao y hasta donde se hacían viajes para traerlo, eran Tabasco, Honduras, Xoconusco y la costa de Sapotitlan, así como la provincia de Ysalcos en Guatemala.

    En la Relación de la Ciudad de Mérida (1579) leemos que "también gastan mucha cantidad de cacao, que se trae de la provincia de Tabasco y de Honduras, porque hacen de ello sus brebajes, en que toman gran gusto y  consumen en ello todo, o lo más que pueden acaudalar de sus trabajos y granjerías, y les sirve de moneda ."

     Por su parte Juan de Pineda nos refiere que: "(...) la provincia de Soconusco tiene más de quarenta pueblos y estancias... cójese mucho cacao en mucha cantidad, porque los indios de esta provincia tienen muchas mylpas."

    Sobre la cosecha del cacao existen cirtos ritos y es que el árbol de cacao suele gastarse con el calor excesivo, pero también con la humedad prolongada. No puede estar directamente al sol por ello siempre se le planta al lado de otro árbol más alto llamado el atlinan o "madre del cacao", ya que le da sombra contra el ardor del sol con su follaje.

    La sobrexplotación también mata al delicado cacao: Suelen hacerse dos cosechas al año, una en junio y otra en diciembre para que sus frutos puedan fermentarse estos le aparecen en el tronco hasta las ramas en una especie de vaya roja con gajos blancos que envuelven el tesoro de los granos, así que cosechar tres o más veces al año causa que el prodigo cacao se plague y seque.

     Para finalizar los dejó con un elemento de continuidad cultural mesoamericana, para muchos es un mito para otros una realidad, ustedes tienen la última palabra y es que se dice que quienes recogerán la cosecha tienen que mantenerse célibes durante 13 noches y al llegar a la catorceava noche pueden hacer el amor a sus mujeres y luego proceder a la cosecha del cacao...Porqué razón creen ustedes?


lunes, 11 de junio de 2012

LAS CANOAS MAYAS PREHISPÁNICAS

(A la mar!)

Hola estimados lectores y fanáticos de la civilización mesoamericana, en esta ocasión estudiaremos brevemente como eran las canoas mayas prehispánicas, un tema que me apasiona pues a pesar de ser relativamente sencillas, realizaron un comercio alrededor de la península e inclusive en la bahía de Honduras.

    Según las evidencias históricas, los mayas prehispánicos empleaban canoas de madera impulsadas a remo, o en aguas bajas por medio de palancas. Representaciones artísticas de estas canoas aparecen en códices, murales, dibujos en relieve en huesos, así como en esculturas hechas de barro o talladas en hueso de manatí.

    El hecho de que estas canoas pudieran navegar lejos de tierra firme no está en duda, ya que se han encontrado restos de asentamientos prehispánicos en todas las islas mayores del área maya, incluidas las islas del arrecife Turneffe (Belice) y en islas a 60 km de la costa norte de Honduras.

    Las canoas mayas, monóxilas, talladas de cedro, caoba u otras maderas duras, variaban en tamaño: había desde pequeñas piraguas para un individuo hasta grandes embarcaciones capaces de acomodar entre 40 o 50 personas. En efecto, Bernal Díaz del Castillo comenta lo siguiente frente a las costas de Ecab (Yucatán):

Una mañana que fueron cuatro de marzo vimos venir diez canoas muy grandes, que se dicen piraguas, llenas de indios naturales de aquella poblazón y venía a remo y vela. Son canoas hechas a manera de artesanías, y son grandes y de maderos gruesos y cavados de arte que estan huecos; y todos son de un madero y hay muchos de ellos en que caben cuarenta indios.” Por dicha referencia concluyo que el diseño de las canoas fue relativamente sencillo, pues no hay evidencias concretas del uso de canoas dobles, es importante señalar que está es la única cita donde se menciona el uso de velas, dato curioso pues descartando esta cita no hay evidencia alguna que sostenga que las canoas mayas usaban velas.

    Hay algunas representaciones de botes pequeños en los códices mayas; en especial en el Códice Dresde, donde además de observar la representación del bote se identifica la forma y tamaño de los remos. Sobre la forma de remar Gonzalo Fernández de Oviedo menciona que “van algunas veces vogando de pies, y á veces assentados, y quando quieren, de rodillas. Son estos nahes (remos) como palas luengas, y las cabezas como una muleta de un coxo ó tollido.



    Asimismo, hay una representación de un bote en un disco de oro hallado en el cenote sagrado de Chichén Itzá, a éstas podemos agregar las que hay en las pinturas del Templo de los Guerreros, en Chichén Itzá también.

    En dicho Templo hubo varias escenas pintadas que fueron reconstruidas por Earl Morris a partir de fragmentos encontrados durante las excavaciones de la Carnegie Institution of Washington en 1930;  en uno de los murales de la cámara interior las canoas representadas corresponden a las utilizadas para la navegación marítima pues tienen la proa y la popa más elevada que la línea de borda, lo que las hace más estables y fáciles de maniobrar a diferencia de las monóxilas que podemos conjeturar eran utilizadas en la navegación fluvial.


    Para concluir este apartado y quedando en espera de sus comentarios conoceremos como se realizaba una canoa monóxila, Gonzalo Fernández de Oviedo indica que:

 Cada canoa es de una sola pieza o solo un árbol, el que los indios vacían con golpes de hachas de piedra enhastadas (…); y con estas cortan ó muelen á golpes el palo, ahocándolo, y van quemando lo que está golpeado y cortado, poco a poco, y matando el fuego, tornando á cortar y golpear como primero; y continuándolo assi, hacen una barca quasi de talle de artesa ó darnojo; pero honda é lengua y estrecha, tan grande y gruesa como lo sufre la longitud y latitud de el árbol, de que la hacen; y por debaxo es llana y no le dexan quilla, como á nuestras barcas y navios.

viernes, 8 de junio de 2012

ALIMENTOS DE ORIGEN VEGETAL DE LA PENÍNSULA DE YUCATÁN

 ( ¿A quién no le gusta la jícama?)

Hola estimados lectores y fanáticos de la cultura mesoamericana en esta ocasión conoceremos los productos alimenticios de origen vegetal que se consumían en la península de Yucatán durante la epoca mesoamericana, los cuales en su mayoría fueron objeto de intercambio comercial a las tierras altas, asimismo conoceremos las frutas y tubérculos que formaban parte de la dieta alimenticia de los mayas yucatecos, de los cuales muchos hoy día inclusive se incluyen en la dieta universal contemporánea.
Al leer el presente artículo ¿Sabes a cuáles me refiero?

    Me gustaría comentarles que las fuentes consultadas fueron el Diccionario de Motul Maya-Español, la "Relación de las cosas de Yucatán" y las "Relaciones Histórico-Geográficas de la Gobernación de Yucatán (RHGGY)" obras que datan del s.XVI, ahora si comenzamos:

MAÍZ
Conocida como ixim entre los mayas esta gramínea fue el alimento básico de este grupo, y aun la fuente principal de toda Mesoamérica; diciéndonos Landa: " que el mantenimiento principal es el maíz, del cual hacen diversos manjares y bebidas, y aun bebido como lo beben les sirve de comida y bebida."

FRIJOL
El buul de los mayas fue otro de los granos indispensables en la dieta alimenticia. En la RHGGY se menciona que " hay otra suerte de grano que los españoles llamamos frijoles y los indios bul que son como habas, y las hay de cuatro o cinco suertes..."

CALABAZA
La Cucurbita pepo L; se empleó abundantemente, señalándose en la RHGGY que " Hay calabazas de las de España y hay otra suerte de las de la tierra, que los indios llaman kum; son amarillas de dentro y las comen asadas y las pepitas de ellas también se comen (...)"

CHILE
De igual manera en la RHGGY, leemos que " Hay gran cantidad de chile, que en España llaman pimienta de las Indias, y hay diferentes suertes de ello, así en el tamaño como en la fortaleza, porque lo hay de un jeme de largo, y otro silvestre como granos de trigo, y esto pequeño tiene mucho más fuerza que lo grande."

CACAO
Fue una de las plantas más importantes de los antiguos mayas, no sólo por su valor como unidad de trueque, sino también por su valor nutricional. Según las fuentes históricas, las regiones donde se producía cacao y hasta donde se hacían viajes para traerlo, eran Tabasco, Honduras, Xoconusco y la costa de Sapotitlán, así coomo la provincia de Ysalcos en Guatemala.
    En la RHGGY leemos que " También gastan mucha cantidad de cacao, que se trae de la provincia de Tabasco y de Honduras, porque hacen de ello sus brebajes, en que toman gran gusto y consumen en ello todo, o lo más que pueden acaudalar de sus trabajos y granjerías, y les sirve de moneda."

VAINILLA
Esta planta aromática debió utilizarse en la elaboración del chocolate, leemos en la RHGGY que " abunda todo aqueste reino de muy nobles y copiosos frutos como son (...)el cacao, la vainilla(...) "

CHÍA
Utilizada como bebida y para la preparación de brebajes medicinales, esta planta según las fuentes históricas era producida en Guatemala y Nicaragua.

ACHIOTE
La pulpa que rodea la semilla se usa como colorante y condimento de comidas, Landa menciona que "(...) hay un arbolito que suelen los indios criar en sus casas, el cual lleva unos erizos como los de las castañas, aunque no son tan grandes ni tan ásperos; ábrense cuando están en sazón, y tienen dentro unos granillos de los cuales usan y aún los españoles, para dar color a los guisados como lo da el azafrán y tan fino el color que mancha mucho. "

Dentro de los tubérculos podemos señalar el camote, la yuca y la jícama ( que por cierto me encanta natural; es tan refrescante).

Entre las frutas hay gran cantidad de referencias, señalaré algunas : mamey, chicozapote, aguacate, pitahaya, zapote amarillo y  negro, nancen , papaya, chirimoya, ciruela, guayaba, saramuyo y cocoyol.
    Entre otras plantas comestibles se consumían también las semillas del ramón, el tomate, el tabaco, la calabaza jícara y la zarzaparrilla ( que se cree es un afrodisíaco).

Por favor no olviden comentar y agregar algún otro alimento que falto comentar, Saludos!

lunes, 4 de junio de 2012

Ce gachupin ihuan ce macehuali ( O espanhol e o indiano) (Traduzido para o Português do Nahuatl)

Ce gachupin ihuan ce macehuali ( Um espanhol e um indiano)*


Oacico in gachupin ica nian ipan toaltepeuh Momochco. Ipan oacico ce macehual tlacatl oquitatacaya tlali can oyeya xixicotiuh.
( Chegou um espanhol lá ao nosso povo de Milpa Alta. Chegou quando um indiano arranhava o solo em um lugar onde tinham-se abelhões.)

    Huan tlatami in gachupin caxtilcopa. Ican macehuali amo oquimatia caxtilancopa, quilhuia, "Minax". Huan quitohua in gachupin caxtilancopan, "¿Minas?" Xinechcahuili nehuatl minax. Xicana nocahuayo ihuan notlatepoztlacueponali huan xiauh."
( E o espanhol lhe fez  uma pergunta em castelhano. Como o indiano não falava castelhano, lhe disse, "Minax" (picam). E disse o espanhol em castelhano, "¿Minas? Deixe para mim as minas. Toma o meu cavalo e a minha pistola e vá embora.")

    In macehuali ocan nochi. Omocahuatlali ihuan oya ica cuautla. Zan paqui ye quihuica icahuayo ihuan itlatepoztlacueponal. Quitohua in gachupin, "Xiauh ihuan nechcahuili minax." Opeuh occuachi tlatataca gachupin ihuan ohualquiquiztehuaque xixicotiuh. Oquimiminqui nochi ixayac huan ixtelelohuan.
( O indiano pegou todo. Montou-se no cavalo e se foi para o monte. Com muito prazer tomou o cavalo e a pistola. Tinha dito o espanhol, Vá embora e me deixe as minas." Começou a arranhar o espanhol e saiu uma grande quantidade de abelhões. Lhe picaram todo o seu rosto e os olhos.)

    Icuac ye oquipanoc in gachupin nahcatzatzi, "¡Malo indio, onechcuaman minax!! Ye onechtzotzopique yolcame." Yauh tzicuini. Motelhuitz tlen oquipanoc. "Ma motemo in tlacatl. Yocuicac nocahuayo. Onechcuaman ca nianca minax ihuan amo melahuac.
( Quando tinha-lhe acontecido isto ao espanhol gritou, "¡Mau indiano, me enganou com as minas! Já picaram-me os animais." Se foi correndo. Se foi a queixar pelo que tinha acontecido. "¡Que procurem ao homem. Levou-se meu cavalo. Me enganou dizendo que aqui estavam as minas e não é certo. )

    ¡Ma motemo! ¡Ma nechcuepili noyolcauh!"
( ¡Que o procurem! !Que me traga de volta meu animal!" )
   
    Yotlamic.
(Terminou. )



*Bibliografía: Horcasitas, Fernando y Sara O. de Ford, "Los cuentos en náhuatl de Doña Luz Jiménez",UNAM, México, 1979

A compilação das histórias foi realizada entre os anos de 1948-1968 por os autores do livro, a tradução de náhuatl para o espanhol foi feita pela mesma Luz Jiménez e a tradução para o português foi realizada ineditamente pelo autor do presente Blog.

miércoles, 9 de mayo de 2012

Algunas generalidades en torno al comercio y mercado





A mis estimados lectores, debo confesarles que el tema del comercio mesoamericano es mi favorito junto al aprendizaje del idioma náhuatl. De las varias investigaciones y anotaciones sobre dicho tema con base al área maya y mexica les comparto los siguientes datos convergentes entre ambas regiones culturales.
    Los comerciantes tenían una organización aparte que incluía señores, jueces y dioses propios entre los que destacan para el área maya: Ek-chuah y Yacatecuhtli en el área mexica. Los señores controlaban las expediciones a larga distancia, podían realizar operaciones en comisión, y eran los encargados de juzgar si el gasto que hacía un comerciante valía la pena.

    Las caravanas comerciales se defendían a sí mismas llegando a lugares lejanos a comerciar con artículos de mucho valor y poco peso, como piedras preciosas, algodón y plumas de aves, los comerciante mantenían estrechas relaciones con los artesanos que convertían en costosas joyas las materias primas que ellos traían.

    Para iniciarse en la carrera comercial (actividad muy prestigiosa pues facilitaba un ascenso social), un muchacho debía ser aceptado por las autoridades del comercio y acudir a una expedición como aprendiz. Si regresaba con éxito, podía ser miembro de otra caravana y llevar sus propias mercancías. Para ello debía celebrar una fiesta. Tras varias caravanas exitosas podía aspirar a ser guía de caravana, lo que lograba patrocinando una fiesta lujosa, el siguiente paso era participar de las caravanas sin acudir a ellas, pero eso requería a su vez patrocinar una fuesta suntuosa y opulenta.

    El transporte se realizaba con cargadores o en canoas. Las expediciones a larga distancia realizaban parte de sus jornadas circunnavegando, pero la mayor parte se hacía a pie, ivan bien preparados llevaban copal para que los dioses les guiasen, armas para no ser atacados, bebidas a base de maíz como suplemento alimenticio y yerbas para curar el dolor en sus pies, pues a veces las jornadas eran de 25X25, es decir, 25kgs cargando y caminando hasta 25kms. de distancia, por lo general este viaje llegaba a durar un año entero por lo cual su retorno era recibido con una gran fiesta.

     Aunado a este comercio de larga distancia, tenemos un comercio local en el que casi cualquier cosa era objeto de venta; una red de regatones iba de mercado en mercado, comprando y vendiendo según las oportunidades.

    El mercado absorbía ambos tipos de comercio, se celebraba cada 20 días en lugares pequeños, cada 5 en los de más importancia y en Tlatelolco diariamente. Allí  se podían encontrar alimentos, aves, animales, pieles, tejidos, madera, cerámica y demás, era como hoy en día sucede en muchas localidades el centro de la vida de algún asentamiento y por donde circulaban muchas ideas, noticias y hasta donde muchas personas ofrecían sus servicios.
    Cada tipo de mercancía tenía asignado su lugar, de forma que se podían controlar y calcular las calidades y los precios. El mercado estaba regido por un representante de los comerciantes de larga distancia y disponía además de 12 jueces, para resolver asuntos judiciales. Un cuerpo de vigilantes era el encargado de evitar fraudes y robos en cuanto a medidas y precios (que eran castigados severamente).

    Los intercambios se realizaban por medio de trueque o empleando alguno de los diferentes tipos de moneda en uso, generalmente para artículos baratos semillas de cacao , artículos medianamente caros plumas, artículos caros mantas de algodón y para los artículos de lujo cuentas de turquesa y jade.

jueves, 3 de mayo de 2012

In coli, in pintontli ihuan in tlatapatli (Traduzido para o Português do Nahuatl)

*In coli, in pintontli ihuan in tlatapatli ( O avô, a criança e o lençol )

Tlanonotzaloya mach oyeya ce tlatihuani tlatquihua. Onemiya itlac´icihuauh ca ome piltzintzin.Inin tlatihuani opapanoaya xihutl ihuan xihuitl.

(Falava-se que havia um homem rico.  Ele morava com sua esposa e dois filhos. Passaram os anos por ele.)

    Oyeco tonali omic icihuauh. Ican coza oquintlazotlaya ipilhuantoton ayic oquinec occe tonali mocihuuhtiz itlac´occe cihuatontli cuache quimagilizque ipilhuan. Yehuatl oquintlaculchihuiliaya. Tzotzomatli oquinpacaya tlapahque.

(Um dia sua esposa morreu, mas como ele amava seus filhos nunca quis se-casar de novo com outra mulher, pois estava com medo de (uma nova esposa) bater seus filhos. Ele cozinhava para eles e suas roupas eram lavadas por uma faxineira.)

    Icuac ohueyiya ce telpocaton oquinemili mocihuauhtiz. Oquilhui itatzin, "Nihnequi nocihuauhtiz itlac´Malintzin ichpoch. Azo tipahtazque itlac´.Tihtemozque ce tlaquehuali oncuan quipalehuiz ipan tequitl itech monequi cali."

(Quando um dos jovens cresceu decidiu-se casar. E falou assim para seu pai: Quero-me casar com  a filha da Mariquita. Talvez possamos viver juntos felizes. Vamos procurar uma empregada para ela ajudar ( a Mariquita) com as tarefas da casa.")

    Ihquin omochiuh. Oquitlanqui ichpocatl. Zan niman oquincencauhque ica teopa. Yoncuan ohuilalotaya zan cuali. Ihuan icuac ye huehuecauhton ica yeyi o macuili xihuitl, oquipixqui noihqui ce piltzintli. Ican tlatquihuaquez nochi oquipiaya ipan cali: tlaoli, yetzintli, ahuax, pitzome, cuanacame ihuan metoton. Noihqui oquinpiaya cahuatin ica otocaya ipan imilhuan. Achi hueyi ocacoquiya nochi in xihuitl.

(Assim aconteceu, Procuraram a empregada, e logo então foram casados pela igreja. E assim curtiam da vida. Passado um tempo como três ou cinco anos, Tiveram uma criança. Como eles tinham dinheiro nada faltava na sua casa: milho, feijão, favas, porcos, galinhas e cordeiros. Também tinhan cavalos para trabalhar suas terras. Coletavam muitas sementes o ano inteiro.)

    Ye yiman itatzin inin tlacatl yocohualiya. Ichihuamon yoquitlayelihtaya. Opapanoc oc cuache xiuhtin. Ce tonali cihuamontli quilhuia inamitl, "Inin motata aihmo nihnequi oncuan tictiazque. Zazan tlapitzochihua ipan cali. Tla nihtlamaca quichayahuan in tlacuali ica tlalpan. Ihuan itzotzoma quitzoyotia coza. Aihmo nihnequi oncuan yez totlac´. Xihtoca".

( Aconteceu que o pai deste homem tinha corcunda, pórem sua nora não gostava dele. Passaram os anos. E um dia a nora falou com seu esposo assim: " Não quero mais ao seu pai aqui, suja a casa toda, se eu alimentar a ele, joga ao chão o alimento, além de sujar muito suas roupas. Não quero mais ele conosco. Que vá embora!")

    Inamic oquitoc, "¿Campa tihnequi yaz notatzin? Oquixotic tlen ipan tatlizque ihuan titlacuazque. Ipampa on ahuel nihtocaz."

(O marido falou para ela, "¿Onde quer que meu pai vá? Se ele procurou ,que possamos ter para beber e comer, porém não deve ir embora.")

    Opapanotac oc cuachi xiuhtin. Inin tlacatzintla oc cuachi yohuhuetic. Opeuh cihuamontli occepa quilhuia inamic, "Tlacamo tihtocaz motata? Nimitzcauhtehuaz ican nochiuh mopilhuan."

(Foram passando os anos. Esse homem estava mais velho. De novo a nora comenzou a falar para o seu marido. "Se o seu pai não ir embora, eu vou embora com todo, além dos seus filhos.")

    Ican ihquion oquilhuiaya icihuauh, oyec tonali oquitocac. Quilhuia, "Xiauh: acmo nimitznequi nican tinotata, ihuan otitlaxotic tlen tihcuac huan tlen tiqui. Axan xiauh, xiquiza de ipan nocal."

(Como assim falava a mulher para ele, chegou o dia em que o filho botou fora da sua casa ao seu pai. Ele falou para seu pai: Vá embora! Não te quero mais por aqui, (mesmo que) procurou para que possamos ter para beber e comer. Vá embora! Saia da minha frente!")

    Tocoltzin oquiz otlica. Chochocatiuh huan oquitotaya, "¿Can nicochiz? Amo aca niquixmati. Cuali yez ma nitlatlauhtli notelpoch ma zan caltech nicochiz caltenco. Itelpoch oquicelic huan quilhuia, "Axcan oncuan ticochiz. Moztlahuatzinco xiquiza." Tocoltzin oquitoc, "Ma tel niquizaz oncuan. Xinechtlacoli ce tatapatli can oquimiloz ca nicochiz."

(O idoso saiu dessa casa para a rua, Chorava e disse, "¿ Aonde voi dormir? senão conheço ninguém, Acho prudente perguntar ao meu filho se é possível dormir mesmo num canto fora da sua casa." O filho aceitou e falou para ele. " Agora você vai dormir aqui, mas amanha vá embora!" O avô disse, " Aceito amanha vou embora, Me traz um lençol para me-cobrer para dormir.")

    Itelpoch quilhuia ipipilton, "Xiauh cahuacorral ihuan xihtemo ce pepechtli, inon achi cuali huan xmaca mocoltzin ma yauh." Iman oquinex ipiltzin pepechtli achi cuali ihuan hueyi. Zan niman quitohua tatli, "Xicmaca mocoltzin."

(E o garoto falou para a criança, Vá para a cavalariça e procure um lençol, o melhor de todos, e dei ao seu avô para ele ir embora." A criança achou um lençol grande e bom, e então falou para seu pai, "Dei para seu avô.")

    Inin piltzintli amihqui oquichiuh que oquilhuiaya itata. Oquitlacotec tatapatli. Tatli quihuia in piltontli, "¿Tlica tihtequi? Nimitzhuia nochiuh tihcamaz mocoltzin." Piltontli otlananquili, "Amo nihmacaz nochiuh. Nimitzmopililiz icac tehuatzin timohuehuetiliz. Yehuatl on ica timoquimilotzinoz que nocoltzin."

(A criança não fez o que seu pai lhe disse. Cortou o lençol em duas partes, O pai falou assim para a sua criança, "¿Porque o cortou? Eu disse que dei para seu avô ." A criança respondeu, " Não vou lhe dar todo. Ficarei com a metade para o dia que você envelhecer. Com essa metade você vai se cobrir como meu avô .")
  
    Icuac inin tlatoli oquicac tlacatl, oquicuepaton itatzin huan quilhuia, "Xihualmica, notatzin. Aihmo cana tinicaz. Moxhuitzin mopampatzinco otlacoyac."

(Quando o homem escutou aquelas palavras foi com seu pai e falou assim para ele," Pai você não vai ir embora, seu neto esta com piedade de você.")


*Bibliografía: Horcasitas, Fernando y Sara O. de Ford, "Los cuentos en náhuatl de Doña Luz Jiménez",UNAM, México, 1979
A compilação das histórias foi realizada entre os anos de 1948-1968 por os autores do livro, a tradução de náhuatl para o espanhol foi feita pela mesma Luz Jiménez e a tradução para o português foi realizada ineditamente pelo autor do presente Blog.



Los Pueblos Indígenas y el Uso del Patrimonio Arqueológico e Histórico.




Retomo aquí parte del ensayo escrito por Ari Rajsbaum y Yuri Escalante sobre la problemática contemporánea que viven los pueblos indígenas en relación con el patrimonio arqueológico e histórico de la nación mexicana y que fue publicada por el Instituto Nacional Indigenista en 1996, Porqué lo retomo? Porque me parece pertinente que en materia legislativa se tomen en cuenta las concepciones, usos y costumbres de los herederos que nos legaron dichos "patrimonios arqueológicos e históricos" y porque en tal bosquejo como lo señalan sus autores nos damos cuenta de elementos culturales de continuidad temporal mesoamericana, leamos entonces parte de dicho documento:

I. Patrimonio Arqueológico
Antes de la llegada de los españoles al continente americano, los pueblos que vivían en lo que actualmente es el territorio nacional, se relacionaron con su entorno según actitudes forjadas por la cosmovisión de cada uno de ellos. El entorno material incluía no sólo cerros, lagunas, plantas y animales, sino también aquellos objetos producidos por sus mismas civilizaciones. Todas estas cosas estaban cargadas de una significación específica propia a sus culturas, por ejemplo: los "sacbé", caminos que intersectaban los poblados mayas, simbolizaban a los rumbos que dividían el universo. El sentido de las cosas es propio de cada cultura, y aquello que para un pueblo puede revestir un valor excepcional, para otro puede significar algo totalmente diferente. Mientras para los antiguos mayas el estaba relacionado con el equilibrio del universo, para los mexicanos actuales significa un patrimonio histórico. Los mayas se relacionaban con el sacbé de forma coherente con sus creencias: los reverenciaban, los construían según modelos cosmológicos y los utilizaban para sus prácticas políticas, económicas y ceremoniales.
Todos los pueblos crean culturas para relacionarse con su medio. Los pueblos que existían antes del siglo XVI no fueron exterminados con la llegada de los españoles. Como seguían vivos, continuaban pensando, sintiendo y creando objetos y conceptos.
Para adaptarse a las nuevas condiciones impuestas por la conquista, se transformaron, partiendo de lo que eran antes. Sus religiones, sus lenguas, su forma de organización, no desaparecieron, aunque se hayan transformado enormemente. La relación con los objetos se fue transformando sobre una base de continuidad: Los mayas que vieron la destrucción de sus ciudades siguieron considerando a sus sacbés como caminos sagrados por los cuales parte de sus antepasados escaparon al mar para protegerse de los españoles; los huicholes continuaron viajando a sus lugares sagrados en busca del peyote y los o'odham continuaron adorando a los restos de antiguos animales que son testimonio de las hazañas míticas.
Los pueblos indios mantienen una relación viva con aquello que es definido por la ley como "monumentos arqueológicos", es decir los "bienes muebles e inmuebles, producto de culturas anteriores al establecimiento de la hispánica en el territorio nacional, así como los restos humanos, de la flora y de la fauna, relacionados con esas culturas" (1). La citada ley fue publicada en el diario oficial de la Federación en el año de 1972, lo cual, visto desde una perspectiva histórica, es un hecho jurídico reciente. En contraste, lo que caracteriza a las culturas indígenas es la continuidad que muestran, precisamente, desde esos tiempos anteriores al establecimiento de la cultura hispánica a los que se refiere la ley. La "cultura nacional" ha ido estableciendo, apenas desde el siglo pasado (es importante remarcarlo), una relación con los objetos que tenían importancia para los pueblos prehispánicos, apropiándoselos como parte de su propio patrimonio cultural y despojándolo de toda la significación viva que tiene para los indígenas contemporáneos.
Contra lo que muchos podrían pensar, la relación actual de los pueblos indios con los monumentos arqueológicos es intensa y diversa. A continuación haremos un recuento de algunas de las formas en que se relacionan los indios con aquello que es definido por la ley como monumentos arqueológicos:

1. Zonas arqueológicas u objetos arqueológicos que son considerados sagrados por los pueblos indios y alrededor de las cuales se lleva a cabo algún tipo de culto.
En muchos casos la continuidad del culto desde épocas prehispánicas hasta nuestro siglo está claramente documentada. Tal es el caso de Chichén Itzá, en cuyo cenote se han encontrado ofrendas cuyo origen data de un continuo temporal que incluye los siglos de la colonia, mientras que los testimonios etnográficos reportan la vigencia actual de su uso ceremonial. Situación similar sucede con el culto al ídolo de Pustunich, en Campeche. Al respecto conocemos los testimonios registrados por las pesquisas de la Santa Inquisición que se refieren a prácticas ceremoniales muy similares a las actuales. En otros casos no es posible encontrar testimonios escritos acerca del uso religioso de los lugares a través del tiempo. La falta de información se debe fundamentalmente a que estas prácticas se han llevado a cabo en secreto para protegerse de la persecución de la iglesia, en tiempos coloniales, y posteriormente, para que el Estado no se apropie de sus lugares sagrados (2).
En la actualidad podríamos clasificar cuatro situaciones típicas con respecto a la forma en que se relacionan los indígenas con los sitios arqueológicos, cuando estos son considerados sagrados:
    a) Comunidades que practican su religiosidad en zonas arqueológicas que permanecen abandonadas por el Estado. Estas zonas son mantenidas ocultas con celo por las comunidades, para que la explotación turística o la injerencia del Estado no dañen su culto. Este tipo de lugares abundan en el sureste de nuestro país.
    b) Zonas arqueológicas bajo custodia del INAH, en las cuales los indígenas establecen acuerdos subrepticios con los custodios, generalmente miembros de la misma etnia, de manera que puedan realizar sus ceremonias fuera de los horarios de servicio, generalmente de noche.
    c) Zonas arqueológicas que eran visitadas regularmente con fines rituales y que al ser descubiertas son cerradas al público con el fin de restaurarlas, negándoles todo acceso a los indígenas para darle prioridad a proyectos de investigación o restauración (caso de Kohunlich), complejos turísticos (como en Tulum) o infraestructura para el desarrollo (presa Huites).
    d) Sitios en donde con la buena voluntad de las autoridades se apoyan los proyectos de los pueblos indígenas para que puedan continuar efectuando sus cultos u obteniendo beneficios por la presencia de turistas (como en Xochipilla, Puebla, y zonas arqueológicas situadas en la Reserva de la Biosfera de Kalakmul, Campeche). Lamentablemente estos son casos excepcionales.
En todos los casos mencionados, los indígenas consideran que estos sitios son su patrimonio, ya que han mantenido con ellos una relación viva a través de los siglos. Estos lugares ocupan un lugar importante entre sus creencias religiosas y entre los símbolos de su identidad histórica. Los sentimientos de los indígenas hacia los centros ceremoniales no son menos intensos que los de la población mestiza hacia, por ejemplo, la Basílica de Guadalupe.
La apropiación de estos lugares por parte del Estado es vivida como una violación. Esta relación no contribuye al establecimiento de vínculos cooperativos entre los indígenas y el resto de la sociedad nacional. Cabe señalar que la situación actual de las prácticas indígenas es especialmente desventajosa, ya que, mientras lo monumentos históricos sí pueden ser utilizados legalmente con fines de culto, los monumentos arqueológicos no. Siendo que el criterio legal que diferencia a los monumentos arqueológicos de los históricos es el establecimiento de la cultura hispánica en nuestro país, es claro que, los monumentos construidos con la cosmovisión hispana pueden ser usados para fines religiosos, mientras aquellos sitios construidos bajo una cosmovisión propia están excluidos de estos usos, es decir, se niega el que puedan ser definidos como templos religiosos. Esto constituye una grave violación a la libertad de culto consagrado por nuestra Constitución.

miércoles, 25 de abril de 2012

Primeros textos históricos en idioma náhuatl (S. XVI)

Se sabe, gracias al testimonio de los cronistas e historiadores indígenas y españoles del s. XVI, que en los centros mesoamericanos de educación explicaban los maestros el contenido de los códices y hacían que los estudiantes fijaran literalmente en su memoria, a modo de comentarios, distintos textos.

    Y no sólo a los jóvenes que concurrían a dichos centros de educación se les transmitían así los distintos textos. Había además sacerdotes que tenían por encargo especial comunicar y recordar al pueblo en general este tipo de conocimientos.

    Fue gracias a estos métodos de enseñanza como se preservaron y, en fin de cuentas, llegaron hasta hoy día numerosos textos en idioma náhuatl.

    Como vamos a verlo, algunos sabios indígenas que sobrevivieron a la conquista española, recordando lo que habían aprendido y memorizado sistemáticamente, y valiéndose también a veces de algunos libros de pinturas, comenzaron a poner por escrito sirviéndose ya del alfabeto traído de Europa, numerosos textos en su propia lengua.

    En otros casos fueron algunos, de entre los misioneros hispanos, los que promovieron parecida forma de transcripción y rescate de los antiguos testimonios en idioma nativo. Su propósito fue en ocasiones paradógico y ambivalente, pues era preciso conocer las viejas creencias y costumbras para poder destruirlas de raíz.

    El primer intento por preservar textos históricos mesoamericanos de la región central de México data de los años comprendidos entre 1524 y 1530. Durante este lapso de tiempo, algunos sabios nahuas que conocían ya el alfabeto latino, pasaron a letra latina la explicación y comentarios de sus antiguos códices. Estos textos se conservan en la Biblioteca de París bajo el título de "Anales de Tlatelolco". Se contienen allí las genealogías de los gobernantes de: Tlatelolco, Tenochtitlán y Azcapotzalco, así como la más antigua visión indígena de la conquista española.

    Por su parte el franciscano fray Andrés de Olmos, llegado a Nueva España en 1528, recogió un considerable número de discursos pronunciados por los sabios y ancianos que decían en los eventos sociales relevantes previos al contacto español, hoy día se les conoce como los "Huehuetlatolli" (literalmente traducido del náhuatl significa "lo que hablan los ancianos").

    No podemos pasar por alto la labor  de fray Bernadino de Sahagún (Veáse entrada anterior en este Blog). Me gustaría en este caso comentar que la obra de Sahagún desperto el interés entre sus discípulos e informantes quienes por cuenta propia continuaron con este tipo de recopilación histórica en náhuatl. Fueron:
- Antonio Valeriano a quien se le atribuye el relato del "Nican Mopohua" ( Sobre las apariciones de la Virgen María).
-Pedro de San Buenaventura a quien se le atribuye una carta a Sahagún comentando el llamado calendario solar mexicano.

   Debe mencionarse también el "Libro de los Coloquios", en el que se transcriben los diálogos que tuvieron lugar cerca del convento de San Francisco de la ciudad de México, en 1525, entre los primeros frailes venidos a Nueva España y algunos de los principales sabios y sacerdotes naturales que defendieron su manera de pensar y creer.

    Existen además otros importantes documentos indígenas, entre los que mencionaremos "La historia tolteca-chichimeca" cuya narrativa abarca un periodo que comienza en tiempos primordiales de los toltecas y llega hasta el año de 1547; el "Códice Aubin" conocido también como "Manuscrito de 1576" o "Historia de la nación mexicana desde la salida de Aztlán hasta la llegada de los conquistadores españoles" es un documento pictórico y textual que trata sobre la historia de los mexica, desde su salida de Aztlán hasta los primeros años de la dominación española, período que concluye en 1607.

    He descrito así de una manera muy breve las principales fuentes históricas en idioma náhuatl de mediados del s.XVI, invitando a todos los interesados a leer alguna de las obras citadas y obtener un panorama de nuestra antigua cultura mexica.

martes, 24 de abril de 2012

De la truculenta labor de selección de fuentes primarias para las culturas mexicas y mayas Parte II

Algunos religiosos y funcionarios fijaron por escrito todo lo que pudieron investigar sobre los pueblos sojuzgados y salvaron lo que quedaba de documentos indígenas. Algunos conquistadores incluso se dedicaron a relatar no sólo sus hazañas y batallas, sino también sus impresiones de este mundo tan ajeno a su mentalidad; entre tales conquistadores destaca Hernán Cortés (1485-1547) cuyos cuatro informes sobre la guerra, dirigidos a Carlos V y que van de 1520-1526 (tengáse en cuenta que el quinto y primero paradógicamente ha desaparecido) es sin duda material de primera mano.

    Entre los compañeros de lucha de Cortés transformados en escritores destaca Bernal Díaz del Castillo (1492-1581), quien al lado de Cortés participó en más de 100 batallas, y molesto y en contra de los "escritorcillos españoles que describen desde sus cómodos hogares, los salvajes combates de los expedicionarios mexicanos sin haber puesto un pie en América, y que dan todo el mérito a Cortés" es que decide realizar su obra, eso sí ya entrado en unos añitos, para ser exacto a sus 80 años, en especial escribe para detractar al historiador oficial Francisco López de Gómara cuya obra "Historia General de las Indias-Hispania Victrix" (1552) era por así decirlo el "best-seller" en Europa y en la que a causa de su entrevista con Cortés en general la obra da todo el peso y mérito de la Conquista a dicho personaje.

    Dicha obra le ganó el odio y la desaprobación de la mayoría de los conquistadores-escritores y sacerdotes españoles que vinieron a América pues además se decía que era un "fúsil" de la obra del considerado mejor amigo de Cortés, es decir, Andrés de Tapia y titulada  RELACIÓN DE ALGUNAS COSAS DE LAS QUE ACAECIERON AL MUY ILUSTRE SEÑOR DON HERNANDO CORTÉS, MARQUÉS DEL VALLE, DESDE QUE SE DETERMINÓ A IR A DESCUBRIR TIERRA EN LA TIERRA FIRME DEL MAR OCÉANO.   Conquista Entre sus detractores destaca el padre Las Casas, Gonzalo Fernández de Oviedo y Pedro Martir de Anglería.

    La obra de Bernal Díaz del Castillo titulada "Historia Verdadera de la Conquista de la Nueva España" (1579) se encuentra hoy día entre los clásicos libros de guerra de la Literatura y constituye el complemento indispensable de los informes y diplomáticos escritos de Cortés y fuente incuestionable de primera mano.

    Entre los sacerdotes españoles destaca como raro fenómeno el padre franciscano Bernardino de Sahagún, cuya "Historia General de las Cosas de Nueva España" es considerada como el primer relato objetivo que se ha hecho a una sociedad de la Antigüedad; Sahagún se dio cuenta desde un principio que la conversión de los naturales al cristianismo sólo podría hacerse con éxito si los frailes conocían con exactitud la cultura y manera de pensar de aquéllos.

    Con este fin, enseñó a un grupo de jóvenes nativos, discípulos suyos, el idioma castellano y la escritura latina, y a cambio le informaron muchos aspectos de la cultura local antes de la llegada del hombre europeo, le informaron tantos aspectos de la cultura prehispánica que la monarquía española decidió no publicar la obra, por temor a que los "indígenas recordaran, a través de sus páginas los buenos viejos tiempos"; así es cómo los manuscritos originales que envió Sahagún a España para su publicación quedaron guardados durante siglos en los archivos de Madrid, y una versión  comentada, corregida y abreviada se quedo en Florencia de ahí el famoso "Códice Florentino".

    El manuscrito de Sahagún o "Códice Florentino" está ilustrado con muchos dibujos, que aún basados en modelos mexicas, tienen fuerte influencia española; lo mismo se puede observar en las ilustraciones de obras históricas españolas de la segunda mitad del s.XVI que tratan del México Antiguo, pues el gobierno colonial permitió su uso para tratos entre nativos y españoles, el mismo Cortés le pidió al "Tlatoani" mexica Moctezuma una lista de sus tributos redactada en escritura pictográfica, la llamada "Matrícula de Tributos".

    Entre estas excrituras pictográficas se encuentran libros enteros pintados sobre lienzos de algodón o de lino, en forma de mapas-murales. El texto-códice acompañado de comentarios más importante es el llamado "Códice Mendoza" que reunió el primer virrey de México; Antonio de Mendoza.

    De la misma manera se nos ofrece también la historia de la conquista de México vista por los naturales destacando el llamado "Lienzo  de Tlaxcala"(1560) mandado pintar por orden del segundo virrey de México: Luis de Velasco.

    He aquí una brevísima revisión historiográfica sobre la diversidad de fuentes para intentar conocer y descifrar la cultura tanto maya como mexica antes del contacto español, que como he dicho es truculenta, además de apasionante pues si el lector desea indagar sobre los autores citados irá descubriendo una serie de intrigas, prohibiciones y diversas retóricas, ya cada historiador con base a su criterio sabrá cual seleccionar para realizar una investigación lo más digna de confianza posible para generar un conocimiento histórico.